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Home - Alimentação industrial - VLANs (Virtual Local Area Networks): Suporte para segmentação de rede através de VLANs.

VLANs (Virtual Local Area Networks): Suporte para segmentação de rede através de VLANs.

Leandro Roisenberg

VLANs (Virtual Local Area Networks): Suporte para segmentação de rede através de VLANs

Introdução

As redes de computadores tornaram-se essenciais no cotidiano empresarial, acadêmico e pessoal. Com a expansão dessas redes e o crescimento do tráfego de dados, emergiram desafios relacionados à gestão, segurança e eficiência. As VLANs (Virtual Local Area Networks) surgem como uma solução poderosa para a segmentação de redes, permitindo maior controle e flexibilidade. Este artigo aborda detalhadamente a natureza das VLANs, seus benefícios, estrutura, tipos, configuração, gerenciamento de tráfego e os desafios enfrentados durante a implementação, além de compartilhar as melhores práticas do setor.

1. Introdução às VLANs

Virtual Local Area Networks, ou VLANs, são uma tecnologia que permite a segmentação lógica de redes de computadores. Diferentemente das LANs físicas que separam dispositivos com base na localização física, as VLANs usam software para agrupar dispositivos em diferentes sub-redes, independentemente de sua localização. Esta abordagem permite que administradores de rede criem grupos de trabalho que refletem as necessidades da organização, sem a necessidade de reconfigurar a infraestrutura física.

O suporte para VLANs é geralmente implementado em switches e roteadores que suportam etiquetagem conforme o padrão IEEE 802.1Q. Através de tags inseridas nos cabeçalhos dos frames Ethernet, os dispositivos conseguem distinguir entre os diferentes segmentos de rede. Esta etiquetagem permite que várias VLANs coexistam na mesma infraestrutura física, o que facilita a administração e a otimização de recursos.

Cada VLAN funciona como uma rede separada, o que significa que os dispositivos em uma VLAN específica só podem se comunicar diretamente com outros dispositivos na mesma VLAN, a menos que haja uma rota configurada para permitir o tráfego entre VLANs diferentes. Isso proporciona uma segregação natural do tráfego e pode aumentar a segurança da rede, pois limita o alcance de qualquer tráfego indesejado ou malicioso.

A flexibilidade das VLANs também se estende ao seu escalonamento. Com a possibilidade de criação de múltiplas VLANs em um mesmo switch, as organizações podem facilmente ajustar suas redes para acomodar mudanças na estrutura ou na política empresarial, sem a necessidade de alterações físicas, tornando a gestão de redes mais ágil e menos custosa.

2. Benefícios da Segmentação

A segmentação de rede via VLANs oferece uma série de benefícios. Primeiramente, ela melhora a segurança ao limitar o domínio de broadcast e separar os grupos de trabalho sensíveis ou críticos dos demais usuários da rede. Isso significa que, se um incidente de segurança ocorrer em uma VLAN, ele não afetará automaticamente as outras VLANs, contendo assim os danos potenciais.

Outro benefício significativo é a otimização do desempenho da rede. Como cada VLAN tem seu próprio domínio de broadcast, elas reduzem o tráfego desnecessário que poderia congestionar a rede. Isso resulta em uma utilização mais eficiente dos recursos da rede, com menos latência e melhor throughput para aplicações críticas.

A flexibilidade e eficiência na administração são também vantagens notáveis das VLANs. Mudanças organizacionais, como a realocação de funcionários ou adição de novos dispositivos, podem ser gerenciadas de forma simples, através de configurações de software, sem que haja necessidade de reestruturar fisicamente a rede, o que economiza tanto tempo quanto recursos.

Por fim, VLANs suportam a implementação de políticas de rede consistentes e integradas. As regras de segurança, os controles de acesso e os protocolos de qualidade de serviço (QoS) podem ser aplicados de maneira uniforme e coerente em toda a organização, independentemente da localização física dos dispositivos, reforçando assim a governança de TI.

3. Estrutura Básica de VLANs

Em uma estrutura básica de VLAN, os dispositivos de uma mesma rede são divididos em sub-redes lógicas. Cada VLAN é atribuída a um identificador único, conhecido como VLAN ID, que é utilizado para marcar o tráfego pertencente a essa VLAN. Um switch gerenciável é o elemento central que permite a criação e administração de VLANs, aplicando as tags de VLAN aos frames que passam através dele.

Os dispositivos finais, como computadores e impressoras, são atribuídos a VLANs específicas com base em diferentes critérios, como função, departamento ou aplicação. Por exemplo, os dispositivos do departamento financeiro podem ser colocados em uma VLAN separada dos dispositivos de marketing para aumentar a segurança e a eficiência do tráfego.

Para que o tráfego possa passar entre diferentes VLANs e alcançar o roteador ou outros switches, os links de interconexão, conhecidos como troncos (ou "trunk links"), são configurados para carregar tráfego de múltiplas VLANs simultaneamente. Esses troncos utilizam etiquetagem para manter os dados de cada VLAN separados e identificáveis.

Uma vez configurada, a rede com VLANs funciona de forma transparente para os usuários finais. Eles se conectam à rede como de costume, mas o tráfego é logicamente isolado com base na VLAN correspondente, garantindo que o tráfego de dados seja direcionado corretamente e que as políticas de segurança sejam aplicadas de forma eficaz.

4. Tipos e Identificação de VLAN

Existem diferentes tipos de VLANs, cada um com seu próprio propósito e método de implementação. As VLANs baseadas em portas são as mais simples, nas quais as portas físicas de um switch são atribuídas a uma VLAN específica. Já as VLANs baseadas em MAC utilizam o endereço MAC dos dispositivos para determinar a qual VLAN eles pertencem.

Outro tipo é a VLAN baseada em protocolo, que segmenta o tráfego com base no protocolo de comunicação utilizado, como IP, IPv6 ou IPX. Há também as VLANs baseadas em sub-rede (ou IP), onde os dispositivos são agrupados em VLANs de acordo com seus endereços IP.

Cada VLAN possui um identificador único, o VLAN ID, que tem um alcance de 1 a 4094, com alguns IDs reservados para usos específicos. O VLAN ID é crucial para garantir que os dados sejam corretamente direcionados e separados nas redes, e faz parte das informações que são adicionadas ao frame Ethernet no processo de etiquetagem.

A identificação correta e consistente das VLANs é essencial para o funcionamento eficaz da rede. Erros na atribuição de VLANs podem levar a problemas de comunicação, violações de segurança e falhas de rede, destacando a importância de uma estratégia de identificação e gerenciamento de VLANs bem planejada.

5. Configuração de VLANs

A configuração de VLANs é realizada através do switch gerenciável e, dependendo do equipamento, pode ser feita via interface de linha de comando (CLI) ou interface gráfica (GUI). O primeiro passo é definir os IDs de VLAN e associá-los às portas específicas do switch. Isso é feito atribuindo um modo de acesso à porta para a VLAN desejada.

Após a criação das VLANs, os troncos devem ser configurados para permitir o tráfego entre switches e roteadores. Isso envolve habilitar a etiquetagem de VLAN nos links de tronco e configurar os dispositivos na extremidade do tronco para reconhecer e processar essas etiquetas.

Também é importante configurar os dispositivos de camada 3, como roteadores, para permitir a comunicação entre VLANs. Trata-se de definir interfaces de rede virtuais (subinterfaces) para cada VLAN e configurar rotas que permitam o tráfego entre essas sub-redes.

A prática de atribuir VLANs baseadas em políticas, como as VLANs para voz ou para vídeo, exige configurações adicionais que incluem a implementação de políticas de QoS para priorizar o tráfego e garantir a qualidade de serviço nessas VLANs especializadas. Isso é crucial para aplicações sensíveis à latência como VoIP e videoconferências.

Leandro Roisenberg
Engenheiro Eletricista, formado pela Universidade Federal do RGS, em 1991. Mestrado em Ciências da Computação, pela Universidade Federal do RGS, em 1993. Fundador da LRI Automação Industrial em 1992. Vários cursos de especialização em Marketing. Projetos diversos na área de engenharia eletrônica com empresas da China e Taiwan. Experiência internacional em comercialização de tecnologia israelense em cybersecurity (segurança cibernética) desde 2018.

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