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Home - Automação Industrial - Uma Visão Detalhada dos Protocolos OPC UA e MQTT

Uma Visão Detalhada dos Protocolos OPC UA e MQTT

Leandro Roisenberg

Introdução aos protocolos OPC UA e MQTT

Os protocolos OPC UA (Open Platform Communications Unified Architecture) e MQTT (Message Queuing Telemetry Transport) são amplamente utilizados em ambientes industriais para a troca de dados entre dispositivos e sistemas. Ambos os protocolos possuem características distintas que os tornam adequados para diferentes tipos de aplicação. Neste artigo, vamos explorar em detalhes esses dois protocolos, desde a sua história e evolução até as suas principais características, aplicações e setores onde são amplamente utilizados. Além disso, faremos uma comparação entre eles, destacando suas vantagens e desvantagens.

História e evolução do OPC UA e MQTT

O OPC UA foi desenvolvido pela OPC Foundation como uma evolução do antigo protocolo OPC, que era baseado em tecnologias da Microsoft e tinha limitações em relação à interoperabilidade e segurança. O OPC UA surgiu com o objetivo de superar essas limitações, tornando-se um padrão aberto e independente de plataforma. Desde então, o OPC UA tem sido adotado por muitos fabricantes de equipamentos e sistemas industriais.

Por outro lado, o MQTT foi desenvolvido pela IBM nos anos 1990 para permitir a comunicação entre dispositivos de forma eficiente e confiável em redes com largura de banda limitada. Inicialmente projetado para aplicações de telemetria, o MQTT ganhou popularidade com a ascensão da Internet das Coisas (IoT) devido à sua simplicidade, baixo consumo de recursos e suporte a conexões instáveis.

Principais características do protocolo OPC UA

O OPC UA é um protocolo que oferece uma ampla gama de recursos e funcionalidades. Uma das suas principais características é a sua arquitetura cliente-servidor, que permite que os dispositivos sejam tanto produtores quanto consumidores de dados. Além disso, o OPC UA oferece suporte a diferentes mecanismos de segurança, como autenticação, autorização e criptografia, garantindo a confidencialidade e integridade dos dados.

Outra característica importante do OPC UA é a sua capacidade de modelar informações de forma estruturada, utilizando um conjunto de objetos, propriedades e métodos. Isso permite uma representação mais precisa e semântica dos dados, facilitando a interoperabilidade entre diferentes sistemas. Além disso, o OPC UA é altamente extensível, o que significa que novos objetos e funcionalidades podem ser adicionados ao protocolo de acordo com as necessidades específicas de uma aplicação.

Principais características do protocolo MQTT

O MQTT é um protocolo de mensagens leve e simples, projetado para ser eficiente em termos de largura de banda e consumo de energia. Uma das principais características do MQTT é o seu modelo de publicação/assinatura, onde os dispositivos publicam mensagens em um tópico e outros dispositivos podem se inscrever nesse tópico para receber as mensagens. Isso permite uma comunicação assíncrona e distribuída, onde os dispositivos não precisam estar conectados simultaneamente.

Outra característica do MQTT é o suporte a conexões instáveis e de baixa largura de banda. Os dispositivos podem se desconectar e reconectar a qualquer momento, sem perder mensagens ou interromper a comunicação. Além disso, o MQTT utiliza um mecanismo de QoS (Quality of Service) para garantir a entrega das mensagens, permitindo que o remetente especifique o nível de confiabilidade desejado.

Aplicações e setores onde o OPC UA é utilizado

O OPC UA é amplamente utilizado em diversos setores industriais, devido às suas características de segurança, interoperabilidade e extensibilidade. Ele é frequentemente utilizado em sistemas de supervisão e controle, permitindo a troca de dados entre diferentes dispositivos e sistemas, como PLCs (Programmable Logic Controllers), SCADAs (Supervisory Control and Data Acquisition), IHMs (Interfaces Homem-Máquina) e MES (Manufacturing Execution Systems).

Além disso, o OPC UA também é utilizado em sistemas de automação de processos, permitindo a integração de diferentes dispositivos, como sensores, atuadores e controladores. Ele também é utilizado em sistemas de gerenciamento de ativos, onde é possível monitorar e controlar equipamentos e máquinas de forma remota. O OPC UA também é utilizado em sistemas de manutenção preditiva, onde é possível coletar dados em tempo real e realizar análises para detectar possíveis falhas e evitar paradas não planejadas.

Aplicações e setores onde o MQTT é utilizado

O MQTT é amplamente utilizado em aplicações de IoT, devido à sua simplicidade, baixo consumo de recursos e suporte a conexões instáveis. Ele é frequentemente utilizado em sistemas de monitoramento e controle remoto, onde é possível coletar dados de sensores em tempo real e controlar dispositivos de forma remota. Isso é especialmente útil em setores como agricultura, energia, transporte e manufatura, onde é necessário monitorar e controlar equipamentos distribuídos geograficamente.

Além disso, o MQTT também é utilizado em sistemas de telemetria, onde é possível coletar dados de sensores e enviá-los para um servidor central para análise e armazenamento. Ele também é utilizado em sistemas de rastreamento e localização, permitindo o monitoramento em tempo real de veículos, pessoas e ativos. O MQTT também é utilizado em sistemas de automação residencial, onde é possível controlar dispositivos como iluminação, aquecimento e segurança de forma remota.

Comparação entre os protocolos OPC UA e MQTT

Embora o OPC UA e o MQTT sejam protocolos utilizados para a troca de dados em ambientes industriais, eles possuem características distintas que os tornam adequados para diferentes tipos de aplicação.

O OPC UA é um protocolo mais robusto e completo, com recursos avançados de segurança, modelagem de informações e extensibilidade. É mais adequado para aplicações onde a segurança e a interoperabilidade são essenciais, como sistemas de supervisão e controle, automação de processos e gerenciamento de ativos. No entanto, o OPC UA pode ser mais complexo de implementar e requer mais recursos computacionais.

Por outro lado, o MQTT é um protocolo mais leve e simples, projetado para aplicações de IoT e para ambientes com recursos limitados. Ele é mais adequado para aplicações onde a eficiência em termos de largura de banda e consumo de energia é crucial, como sistemas de monitoramento e controle remoto, telemetria e rastreamento. No entanto, o MQTT pode ter algumas limitações em termos de segurança e modelagem de informações.

Conclusão: vantagens e desvantagens dos protocolos OPC UA e MQTT

Em resumo, o OPC UA e o MQTT são dois protocolos amplamente utilizados em ambientes industriais para a troca de dados entre dispositivos e sistemas. Cada um possui características distintas que os tornam adequados para diferentes tipos de aplicação.

O OPC UA é um protocolo mais robusto e completo, com recursos avançados de segurança, modelagem de informações e extensibilidade. Ele é mais adequado para aplicações onde a segurança e a interoperabilidade são essenciais, como sistemas de supervisão e controle, automação de processos e gerenciamento de ativos. No entanto, o OPC UA pode ser mais complexo de implementar e requer mais recursos computacionais.

Por outro lado, o MQTT é um protocolo mais leve e simples, projetado para aplicações de IoT e para ambientes com recursos limitados. Ele é mais adequado para aplicações onde a eficiência em termos de largura de banda e consumo de energia é crucial, como sistemas de monitoramento e controle remoto, telemetria e rastreamento. No entanto, o MQTT pode ter algumas limitações em termos de segurança e modelagem de informações.

Em última análise, a escolha entre o OPC UA e o MQTT depende das necessidades específicas de cada aplicação e das características do ambiente em que serão implantados. Ambos os protocolos têm suas vantagens e desvantagens, e é importante avaliar cuidadosamente essas características antes de tomar uma decisão.

Referências:

Leandro Roisenberg
Engenheiro Eletricista, formado pela Universidade Federal do RGS, em 1991. Mestrado em Ciências da Computação, pela Universidade Federal do RGS, em 1993. Fundador da LRI Automação Industrial em 1992. Vários cursos de especialização em Marketing. Projetos diversos na área de engenharia eletrônica com empresas da China e Taiwan. Experiência internacional em comercialização de tecnologia israelense em cybersecurity (segurança cibernética) desde 2018.

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